As urnas eletronicas brasileiras, pelo que dizem peritos no assunto como o professor da Unicamp Diego Aranha (perito em criptografia), são urnas de primeira geração, e não são usadas mais em lugar algum no mundo, com exceção do Brasil.
Fico boquiaberto quando vejo fotos e vídeos de eleições ocorrendo em outros países, onde vejo algo parecido com cédula de papel depositados em urna fisica, que mostra a insistencia de outros países em manter tal instrumento, enquanto que no Brasil, insiste-se no contrário!
Fala-se tanto de fraudes nas urnas, autoridades negam alegando que em 22 anos nenhuma fraude via urnas eletronicas foi provada, e se não bastasse, ainda há autoridade que ameace de prisão a qualquer um que mencionar publicamente tal tipo de fraude. Ora, não foi provada nenhuma fraude, mas também nunca foi provado que o software instalado nas urnas são honestos! Ainda mais que o software nunca foi exposto à auditoria, principalmente porque softwares tem propriedade intelectual de alguem, e este proprietário normalmente não expõe os softwares de sua autoria justamente para não serem copiados para darem meios de um concorrente toma-lo como base para lançar um produto que o supere ou para pirataria mesmo! E o pior é alguem proibir que se expresse desconfiança da urna eletronica; afinal, desconfiar não é crime, e a autoridade que ameaça o eleitor se expressar desconfiança está forçando um constrangimento mediante ameaça. Ora, todos tem o Direito de desconfiar sr ministro!
O fato é que, as condições das eleições brasileiras, aos olhos da ciencia do Direito, tecnicamente são nulas a muitos anos! Principalmente pelas razões à seguir:
1 - Não há transparencia: a contagem voto-a-voto ocorre de forma oculta do eleitor, o mais importante dos fiscais eleitorais! Isso fere o principio da publicidade. Sem falar em apurações secretas!
2 - A legalidade é questionável: Como pode se admitir como válida a palavra de alguem sem ter o meio material que fundamenta aquilo que este afirma? A ciencia do Direito é muito clara quanto a isto! Quem afirma algo, tem de provar o que está dizendo, principalmente sendo a autoridade que tem em suas mãos a posse e o controle de todas as informações do processo! Portanto, processualmente as eleições são anulaveis!
3 - A recusa em se cumprir a lei do voto impresso: Ora, foi aprovada e sancionada uma lei que já está em vigor obrigando a impressão do voto com posterior introdução deste em uma urna fisica. Lei não se discute, se obedece! E agente publico que não obedece a lei que lhe obriga a fazer algo, entende-se como prevaricação!
4 - Aberração matemática: A lei de Benford (que conheci graças ao Brasil Paralelo) demonstra haver um comportamento artificial na contagem dos votos.
Existem muito mais razões para se questionar a validade de nossas eleições, mas a que descrevi aqui já são mais do que suficientes.
O que temos aqui, é o estabelecimento da religião eleitoral, onde a corte suprema faz de si mesma um equivalente a um concílio universal e proclama um dogma de fé. Todos devem acreditar na lisura, honestidade, eficãcia e eficiencia das urnas eletronicas brasileiras, e pensamentos contrários não serão tolerados.
É o que temos, um dogma! E dogmas são sentenças estabelecidas por um ou mais individuos com base em sua experiencia ou conclusões, independentes de algo concreto para que seja afirmado, e são os sustentácuos de todas as religiões conhecidas, e o eleitor está sendo obrigado a dizer amém!
Com isso, temos no Brasil milhões de hereges dentre os quais eu me coloco, e se nada for feito, iremos todos para a fogueira da inquisição estabelecida pelo judiciario brasileiro, apenas por não aceitarmos cegamente o que se afirma!
Que isto não passe impunemente!
Mirko Hadal
7/11/2018, 06:59 por Patrick W.